Tempo passado

Depois de finalizar a leitura de Tempo presente, da mesma autora, é hora de estudar os eventos analisados por Beatriz Sarlo nesse intensivão de pseudo-férias. Lendo.

Tempo presente

O livro de Beatriz Sarlo contribui de maneira inequívoca para a compreensão dos fenômenos associados à modernidade e à pós-modernidade. Destaque para a leitura que ela faz de Maffesoli sobre a nebulosa afetiva e outros conceitos que utiliza para demonstrar como os problemas estão associados não só a uma disposição - dos corpos inclusive - econômica mas também cultural. Irresistível.

Cenas da vida pós-moderna

Consumismo, pós-modernismo, capitalismo, crescimento desordenado e outras questões urbanas são discutidas pela autora em textos curtos e lidos com deleite. Crítica contundente e escrita elegante tornam o livro fascinante.

Paisagens imaginárias

Beatriz Sarlo entrou na minha lista de autores imprescindíveis da pior maneira possível. Todavia, como nem todo dia tem linguiça no arroz, como diria meu avô, leio seus livros na tentativa de apreender as dinâmicas que se relacionam ao gênero revista. Lendo.

Castoriadis e o movimento operário

Sempre deparei-me com este autor, aqui ou acolá. Agora, que tenho um desafio imenso pela frente, resolvi me lançar ao abismo. Salto aqui na esperança de que a queda seja longa e prazerosa!

E. P. Thompson: outras leituras.

Intensivo reflexivo.

Robert Darnton e os estudos culturais

Intensivo.

Beatriz Sarlo

A autora argentina traça um panorama da situação da arte e da cultura na cidade portenha nas primeiras décadas do século XX e não esconde sua inspiração: os trabalhos de Marshall Berman e Carl Schorske. A partir dessas leituras ela busca reconstruir o cenário da cultura argentina tendo como fonte revistas que circularam na capital naquele momento. As análises, fundamentadas em sua formação de crítica literária, partem dos trabalhos de intelectuais como Borges e outros que ela estuda para demonstrar as possibilidades de atuação no mercado de bens culturais e simbólicos. Bibliografia essencial para quem pretende estudar a imprensa.

Grupo de estudos. Encontro II. Livro: Os intelectuais e a organização da cultura, de Antonio Gramsci.

Próximo encontro programado para 17/06. Indicação do pós-graduando Guilherme Pigozzi Bravo.

Caricatura e poder político: reflexões

O renovado interesse dos historiadores no que concerne às imagens torna a leitura desta obra mais que oportuna. A autora trata da luta entre os periódicos que contestavam o poder de Porfirio Díaz, que, uma vez no poder, legitimou a censura e a perseguição daqueles que ousavam rir dos problemas enfrentados pelo México a partir das caricaturas reproduzidas nas páginas de jornais como El Hijo del Ahuizote, por exemplo. A despeito das emendas constitucionais e das violências que emanavam do poder Executivo, as críticas se fizeram presentes durante todo o governo de Díaz o que evidencia que as tentativas de instalar um regime que controle totalmente a mídia apesar de recorrente na América Latina, é natimorta: sempre há resistências. Resultado da tese de doutorado, este livro contribui de maneira efetiva para o debate acerca das fontes iconográficas em história dialogando com distintas abordagens que se vinculam, concomitantemente, à História Política e à História Cultural.

Viena fin de siècle: política e cultura.

Neste livro que trata das distintas formas de arte de da política Carl Schorske utiliza variadas fontes para compor o cenário de efervescência que invadiu Viena na passagem do século XIX para o XX.

Grupo de estudos. Encontro I. Livro: Pena de aluguel, de Cristiane Costa.

Livro para a primeira reunião do Grupo de Estudos Historiográficos sobre Periódicos na República. A autora trata, de maneira semelhante àquela realizada por Sérgio Miceli, de relacionar a atuação de escritores brasileiros à evolução da imprensa no Brasil, do século XIX ao XX. O ponto alto da análise fica para os escritores da virada do século enquanto o maior problema centra-se no recorte temporal - muito longo. Outra questão relevante analisada pela autora é a atual situação da imprensa brasileira principalmente no que se refere aos jornais de São Paulo. Os dados por ela elencados permitem estabelecer comparações com outras cidades da América Latina como Buenos Aires e Cidade do México, por exemplo. E estas distinções não se fazem em favor do Brasil que, comparado à Argentina e ao México, fica muito distante em número de leitores e de jornais publicados (1.000.000 de periódicos para o Clarín e 300.000 para a Folha de S. Paulo, no domingo). A despeito de não se tratar de uma obra de história, não podemos prescindir da leitura uma vez que além de atualizar o debate acerca da imprensa ela suscita relevantes debates principalmente durante a década de 1930, periodicidade e tema fundamental a nossas pesquisas.

A câmara clara

Nesta obra, surpreendentemente pessoal, Barthes analisa a fotografia partindo da premissa de que a mesma possui três dimensões: a do fotógrafo, a do fotografado e a do espectador. Ele trabalha com o conceito de punctum, que pode ser resumido da seguinte maneira: o observador vê diversas imagens o dia todo mas somente uma delas tem a capacidade de mobilizar nele idéias e sentimentos. Essa mobilização seria o punctum...passo inicial para concatenar uma série de reações que podem levar ao estudo de algum aspecto em particular (a sociedade, a vestimenta, a cultura, etc). Livro polêmico, suscitou diversos debates na leitura que fizemos para o seminário apresentado na Pós-Graduação.

Análise de imagens

A autora trata, a partir da perspectiva semiótica, as diversas contingências que perpassam o estudo e a análise das imagens em sua dimensão fixa. Obra fundamental para colocar o debate em pauta principalmente quando se trata de uma primeira leitura sobre o assunto. Apresenta quadros que simplificam as distintas teorias que abordaram o tema e comenta outras obras que podem auxiliar numa pesquisa mais aprofundada. Vale a pena consultar!!!

Comicidade e riso

A obra do formalista russo trata das diversas formas de riso: de zombaria, cínico, alegre, ritual, etc. Partindo de situações reais e cotidianas, Vladimir Propp analisa as formas de riso a partir do teatro e da literatura russa citando Gógol, Tchekóv dentre outros autores russos e alemães numa obra marcada pelo comunismo militante. Obra essencial para aqueles que desejam se debruçar sobre o tema das imagens e charges que tem o cômico como pano de fundo.

Lançamento do livro

Convite:

É com imensa satisfação que lhes encaminho o presente convite para participar do lançamento do meu livro, editado pelo Selo Cultura Acadêmica com o patrocínio do Programa de Publicações Digitais da PROPG – edição 2010.

A programação desse lançamento contempla atividades nos dias 27 (quarta-feira) e 28 (quinta-feira) do corrente mês, conforme discriminado a abaixo.

Programação dia 27/04/2011

Local: auditório da Fundação Editora da Unesp

Endereço: Praça da Sé, 108 - 7º andar - Centro - São Paulo/SP

9h – Mesa Redonda composta pelos seguintes membros: Reitor Julio Cezar Durigan, Pró-Reitora Marilza Vieira Cunha Rudge e Diretores da Fundação Editora da Unesp José Castilho Marques Neto e Jézio Hernani Bonfim Gutierre. Em pauta comunicações / troca de idéias sobre o futuro do livro; os problemas enfrentados, resultados alcançados e as perspectivas do Programa de Publicações Digitais da PROPG

10h às 10h40 - Coffee break

10h40 às 12h - Degustação Digital

Em espaço especialmente preparado, 10 profissionais estarão disponíveis para orientar o público presente no evento a fazerem uso de IPads (35 aparelhos) para acesso aos livros digitais da Coleção PROPG-DIGITAL.

12h30 às 14h Intervalo para almoço

14h até o encerramento 17h;

Autores e Organizadores dos livros digitais publicados concederão entrevistas aos jornalistas de diversos veículos de comunicação.

Programação dia 28/04/2011

Local: Prédio da Reitoria - Sala do Conselho Universitário da Unesp

Endereço: Rua Quirino de Andrade, 215 – Centro – São Paulo –SP

9h – Lançamento dos livros em sessão do CO (na abertura da sessão), com entrega de certificados aos autores principais e organizadores das obras.

Caleidoscópio Político

O livro já tá on!!! Obrigado a todos por tudo. Emoção.

Entrevista na Rádio Unesp

Trata-se da entrevista concedida à Rádio Unesp em virtude do lançamento do livro Caleidoscópio político: as representações do cenário internacional nas páginas do jornal O Estado de S. Paulo (1938-1945).

Imagens e imaginário na História

O título desse livro que pra mim será um desafio enorme sintetiza minha pesquisa que já está em andamento. Dentre algumas imagens fascinantes que encontrei nas minhas fontes está a que abre essa postagem. Espero, ao fim da leitura do livro de Vovelle, aprender mais sobre esse tema que me absorverá nos próximos anos.