segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Banheiro!

Já que decidi escrever não vou furtar-me o direito de tratar das questões mais intestinas da estada por aqui. Estamos acostumados, no Brasil, com uma série de procedimentos para ir ao banheiro público. No caso francês, chamaram a minha atenção duas coisas: a limpeza e a ausência de um personagem chave de qualquer banheiro: o lixinho. Ao me deparar com a situação, pela primeira vez, pensei que o funcionário poderia ter esquecido de colocar lá de volta...mas fui olhando em todos e, sistematicamente, nada! Daí, ao chegar em casa e comentar com o proprietário do apartamento ele me explicou que aqui na França as pessoas são ensinadas a jogar o papel direto na privada! Os canos são não sei de largura e tudo e tal...então, modo França ligado, vamos esquecer os infinitos avisos pregados em todos os banheiros públicos do Brasil que clamam para que não façamos isso! #voilà

domingo, 6 de outubro de 2013

Inglês

Sabe aquela velha história de que franceses odeiam inglês e que se fale esta língua com eles? É parcialmente verdadeira. Dependendo do lugar onde vc se encontra, nem tente falar inglês. Por exemplo, no metrô! Sua comunicação com os agentes será muito ineficaz se tentar usar essa língua. A não ser que tenha a sorte - como eu tive - de encontrar um americano perdido por aí. Do contrário, é melhor arriscar o francês mesmo! Mas em alguns lugares como restaurantes e lojas até que rola. Hoje, o garçom ao servir o almoço, perguntou: de onde vocês são? Respondemos Brasil. Ele disse: Ah, oui, então, inglês! Pensei, como assim? Mas blza. Daí ele nos serviu em inglês mesmo...o engraçado é que todos  mantivemos uma conversa em francês com ele o tempo todo! Só no final ele falou em francês e contou que a TV daqui fala muito do Brasil - só das merdas - e que ele vai todas as férias para o Rio de Janeiro, independentemente da ameaça que a TV faz semanalmente. Mas vale muito a pena fazer umas aulinhas de francês antes de vir pra cá para perguntar coisas básicas como: onde fica, que estação é essa? para onde ela vai? etc. Inglês só na terra onde as pessoas se vestem de animais para trabalhar! #treschic!

Telefone!

Todos sabem que é necessário manter contato com familiares e namorados, mulheres e esposos que ficaram no Brasil. Um tópico importante é vc se preparar para gastar um pouco com a telefonia móvel aqui em Paris. Os planos de operadoras brasileiras são geralmente uma fortuna para utilizar fora do Brasil! Por isso vale muito a pena escolher uma operadora francesa que disponibilize um serviço de internet para o seu celular. Ao chegar aqui procurei uma delas, a Orange. Comprei um plano mensal por 20 euros que me permite navegar facilmente pelos sites que mais uso. O pacote era de 02 mega. Mas tem para todos os bolsos e necessidades. Com esse valor consigo navegar pela Net e usar o Whatsapp (como viver sem ele, hj?) e Skype tranquilamente. No metrô há algumas oscilações esperadas mas na rua ele funciona perfeitamente. É uma grana que vale muito a pena porque vc pode manter informada não só a família mas a pessoa que compartilha contigo uma vida a dois. Abaixo, o site da Orange:

Paris para principiantes

Olá pessoal, seguindo o conselho da minha amiga Maria Gabriela Parini resolvi escrever um blog sobre a minha estada aqui em Paris. Muita coisa acontece e ela tem razão ao dizer que esquecemos, com o passar do tempo, dos detalhes que enriquecem a nossa experiência aqui. Gostaria de começar falando do Metro! É enorme, é impossível de usar sem os mapas! Mas, por outro lado, você pode caminhar seguro se olhar as sinalizações que há por toda parte. Para os ansiosos é fundamental adquirir o cartão Navigo (que é por zonas, cada uma com seu preço) pois ele dá direito a andar de metro, bus e trem e passar direto pelas catracas. Todos os dias há pessoas se atrapalhado com as catracas...aqui vc deve manter o bilhete consigo para validá-lo na hora de sair. Caso contrário, vc não sai por meios legais....daí só pulando a catraca! Por isso é fundamental o cartão! Para as cinco zonas, custa 118,00 euros! Mas quanto vale a nossa tranquilidade, né? Vou fracionar as coisas, como elas estão acontecendo, senão me perco! Abração! #voilà!

sábado, 3 de agosto de 2013

Pessoal, uma nova resenha minha foi publicada na Revista Patrimônio e Memória, da Unesp de Assis. Trata-se da obra de Timothy Snyder, Bloodlands: Europe between Hitler and Stalin, de 2010. O livro foi, recentemente, traduzido e publicado pela editora Record, sob o título Terras de sangue. Segue o link:
http://pem.assis.unesp.br/index.php/pem/article/view/285/619

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Ainda sobre o poder das palavras! Magistral o livro novo do historiador Robert Darnton. O autor dedica-se a demonstrar como a calúnia e a difamação foram armas poderosas que ajudaram a destruir a imagem dos mantenedores do poder na França. Além disso, ele reconstruiu as redes de relacionamento que ligavam os homens da imprensa não só na França mas também na Inglaterra, em busca das trilhas das obras clandestinas que entravam no reino de Luís XVI. Vidas privadas confundiam-se com a esfera pública causando graves consequências para a imagem dos mandatários que, muitas vezes, investiam dinheiro para calar os escritores, por meio da compra de obras que ainda estavam no prelo. Ao reconstituir tal cenário, Darnton não olvida nenhum elemento: trabalha com os intelectuais que escreviam, com a rede de distribuição de tal material e analisa, com genialidade, as relações entre imprensa e poder no século XVIII. Um livro essencial aos estudiosos da mídia escrita e para aqueles que interessam-se pela história do tempo presente, cada vez mais midiatizada! Aliás, tal detalhe não escapou aos olhos dos editores do livro que inseriram, para apresentar a obra, a seguinte frase: "Denúncias como as que contribuíram para a queda da monarquia francesa no século XVIII ainda perseguem os políticos nos dias de hoje. Os regimes autoritários podem ser vulneráveis a palavras, e palavras bem colocadas podem mobilizar a força misteriosa conhecida como opinião pública".